Análise da série Suits (7ª temporada)


Atenção! O texto a seguir contém spoilers da sexta temporada de Suits.

Com Jessica (Gina Torres) fora da Pearson Specter Litt, Harvey (Gabriel Macht) decide assumir o controle da firma de advocacia e se torna o novo sócio administrador da empresa. O advogado também resolve dar um novo passo na sua vida pessoal e começa um relacionamento amoroso com Paula (Christina Cole), sua ex-terapeuta. Objetivando não comprometer o futuro profissional de sua parceira, ele esperou tempo suficiente para fazer a investida. Quem claramente não gosta muito disso é Donna (Sarah Rafferty), que provoca consequências no relacionamento de Paula ao começar a incomodá-la.

Em razão dos mais de dez anos de serviços prestados à firma, Donna quer se tornar sócia do escritório, mesmo não sendo uma advogada; ela chega inclusive a entregar um cheque para Harvey, mostrando que dinheiro não seria um problema. Após alguns pequenos entraves, Harvey decide nomear sua ex-secretária como COO da PSL. Desta forma, Donna agora passa a participar das principais decisões do escritório junto com Harvey e Louis (Rick Hoffman).


Estando com o seu estado emocional completamente descontrolado após o fim do relacionamento com Tara (Carly Pope), Louis perde provisoriamente o controle dos associados. Suas atitudes, inclusive, fazem com que ele enfrente um processo de assédio sexual movido por uma ex-associada. Falando um pouco mais de Louis, esta temporada aprofunda a história do seu passado e logo percebemos que ele, desde cedo, enfrentava problemas em seus relacionamentos. Também descobrimos que o personagem faz terapia com o Dr. Lipschitz (Ray Proscia) desde os seus primeiros anos na firma. Uma surpresa inesperada é o retorno de Sheila Sazs (Rachael Harris), que se mudou para Nova York e está prestes a se casar. Louis passa então a viver um dilema moral depois que Sheila o procura para que eles vivam suas últimas aventuras juntos.

Harvey convence Alex Williams (Dulé Hill), um velho amigo que ele deixou na mão no passado, a ir trabalhar na Pearson Specter Litt. Depois de resolver algumas pendências internas com Donna e Louis, Harvey torna Alex o novo sócio sênior da empresa. A Bratton Gould, antigo escritório de Alex, não gostou nada dessa mudança e inicia uma ofensiva para tentar atrair alguns dos clientes da Pearson Specter Litt, dando origem a uma guerra entre as firmas. E tem mais: alguém estava vazando os dados da empresa de Harvey e Louis para a Bratton Gould, e a revelação de quem é essa pessoa acaba sendo surpreendente. Aos poucos, Alex vai ganhando o respeito dos seus colegas de trabalho, ao mesmo tempo que ajuda o escritório a superar alguns problemas.

Mike (Patrick J. Adams) retorna para a firma e passa a trabalhar em parceria com a clínica jurídica de Nathan (Peter Cambor) em um caso pro bono sobre a morte injusta de um prisioneiro. O que ele não esperava é ter de abandonar o processo por conta de um conflito de interesses, já que a empresa responsável pela construção e administração da prisão é cliente de Alex. Mesmo colocando por escrito que não atuaria mais na demanda, Mike continua trabalhando no processo sem que Harvey saiba. Quando a vida de Alex começa a ficar em perigo, Harvey pede que Robert Zane (Wendell Pierce) assuma o caso da prisão. Nesse momento, um rosto conhecido da temporada anterior passa a ser uma figura importante para colocar um ponto final nessa história.

Essa não é a única grande participação de Robert na temporada: além de poder trabalhar junto com Rachel (Meghan Markle) em uma questão familiar, Robert também terá uma grande importância para o futuro da firma de Harvey e Louis, principalmente depois que Jessica teve sua licença para advogar caçada ao admitir para a Ordem dos Advogados que sabia que Mike era uma fraude. Agora, sem o nome de Jessica na porta, Harvey, Louis e Donna se unem para promover uma nova reestruturação no escritório.


Considerações finais
Os novos cargos assumidos por Harvey e Donna provocam mudanças na participação de seus personagens na série. Como novo sócio administrador, Harvey se mostra ainda mais arrogante nos primeiros episódios, enquanto Donna, que costumava a roubar cena com suas brincadeiras, agora é uma pessoa mais séria. Jessica, por mais que faça constantes aparições, faz muita falta no dia-a-dia da firma. Um personagem que acabou ganhando destaque foi Louis: apesar de mostrar-se insuportável nos capítulos iniciais, ao longo da temporada ele teve uma grande evolução.

Mesmo mantendo um bom ritmo, a sétima temporada de Suits aposta em subtramas não muito atraentes, além dos casos jurídicos enfrentados pelos advogados não serem tão interessantes quanto aos vistos em anos anteriores. Algo que me incomodou foi a forma com que a série lidou com a saída dos atores Patrick J. Adams e Meghan Markle: a season finale parece ter se preocupado mais em introduzir o spin-off de Jessica do que propriamente cuidar da despedida de Mike e Rachel. Sim, os roteiristas fecharam a história do casal, mas como se tratava da conclusão de um arco, deveriam ter dado maior espaço para os dois personagens, já que ambos desempenharam papéis importantes ao longo desses sete anos.

Nota
★★★☆☆ - 3 - Bom


Veja mais sobre Suits:

➜ Você pode ler análises de outras séries clicando aqui.
Herbert Viana

Criador e editor do Portal E7, Herbert é advogado, amante de games e séries. Gamertag/ID: "HerbertVFV". twitter

O que achou desta postagem? Encontrou algum erro? Compartilhe sua opinião!

Postar um comentário (0)
Postagem Anterior Próxima Postagem

Publicidade