Análise da série Fargo (2ª temporada)


A segunda temporada de Fargo apresenta uma história nova, ao mesmo tempo que cria ligações com o seu primeiro ano. Mesmo sendo uma série antológica, o policial Lou Solverson (Patrick Wilson), um dos protagonistas deste segundo ano, é o mesmo Lou da primeira temporada, pai de Molly (que aqui é apenas uma criança). O segundo ano serve então como um prequel para os eventos da primeira temporada, sendo ambientado no ano de 1979.

A história agora tem a família Gerhardt como um de seus pontos centrais. Os Gerhardts são uma importante organização criminosa de Fargo, cidade da Dakota do Norte. O império da família, no entanto, começa a desmoronar quando o seu líder, Otto (Michael Hogan), sofre um derrame. Incapaz que gerir os negócios da família, o controle da organização começa a ser disputado por sua esposa e seus filhos. Em meio a toda essa crise, a máfia de Kansas City quer mover suas operações para Fargo, o que gera um conflito de interesses com a família Gerhardt.

O filho mais novo de Otto, Rye (Kieran Culkin), em uma ação para impressionar seus pais, tenta extorquir uma juíza. O resultado final é que Rye acaba matando todo mundo que estava em uma lanchonete à beira da estrada, incluindo a magistrada. Quando sai do local, Rye se distrai com a presença de um OVNI e acaba sendo atropelado por Peggy (Kirsten Dunst), uma cabeleireira com sonhos altos. Acreditando que o homem estava morto, Peggy segue normalmente seu trajeto para casa e esconde o homem, ainda preso no para-brisa de seu carro, na garagem.

Peggy é casada com Ed (Jesse Plemons), um açougueiro que tem o plano de comprar o estabelecimento em que trabalha. Durante o jantar, Ed escuta alguns estranhos ruídos vindo da garagem. Peggy até tenta distrair seu marido, mas ele decide ir ver o que estava acontecendo. Ed então se depara com Rye Gerhardt ainda vivo. Ao ser atacado por Rye, Ed consegue matá-lo com uma faca. É nesse momento que Peggy conta para Ed o que havia acontecido. O casal passa a atuar junto para livrar-se do corpo e seguir sua vida normalmente.

No meio de todos esses incidentes é que Lou Solverson entra na história. Acompanhado de seu sogro, Ted Danson (Hank Larsson), eles começam a investigar as mortes ocorridas na lanchonete. Não demora muito para a polícia e os Gerhardts descobrirem que Rye tinha envolvimento nos homicídios. O seu desaparecimento repentino faz com sua morte comece a ser cogitada. O buraco no para-brisa do carro de Peggy fornece uma pista crucial para as investigações. Mesmo o casal tendo forjado um acidente com o carro, eles passam a ser os principais alvos da polícia e dos Gerhardts.

Floyd Gerhardt (Jean Smart), mulher de Otto, assume o comando da organização, mesmo recebendo uma forte resistência de Dodd Gerhardt (Jeffrey Donovan), seu filho mais velho, simplesmente por ser uma mulher. Ela começa então a dialogar com Mike Milligan (Bokeem Woodbine), representante Kansas City, mas as negociações não têm perspectiva de avançarem sem que haja uma guerra. Ao tomar conhecimento do que aconteceu com seu filho, graças às ações de Hanzee Dent (Zahn McClarnon), Floyd quer que Ed e Peggy sejam mortos. Apenas para contextualizar, Hanzee é um capanga de Dodd Gerhardt. Acontece que o casal, liderado por Peggy, é mais espeto do que todos imaginam, garantido uma boa quantidade de excelentes cenas.


Considerações finais
A segunda temporada de Fargo começa um pouco morna, mas logo engata e apresenta uma sequência empolgante de episódios. A série continua fazendo uma ótima mistura de humor negro em cenas dramáticas, o que garante momentos memoráveis. Neste segundo ano, os criadores foram ainda mais além, inserindo elementos de ficção científica - é durante um desses momentos que temos uma ótima cena envolvendo Peggy e seu marido Ed.

Assim como na primeira temporada, temos mais uma vez a presença de personagens marcantes, dentre os quais destaco casal Ed e Peggy, o policial Lou, a matriarca Floyd e Hanzee. A fotografia e direção da série continuam excelentes, assim como sua trilha sonora. Um recurso muito utilizado são as transições feitas com mais de uma cena na tela, algo que funciona muito bem e ajuda a contar a história da atração. Sem dúvidas é uma sequência digna para a sensacional primeira temporada.

Nota
★★★★★ - 5 - Excelente


Veja mais sobre Fargo:
└ Análise da série Fargo (1ª temporada)
└ Análise da série Fargo (3ª temporada)

➜ Você pode ler análises de outras séries clicando aqui.
Herbert Viana

Criador e editor do Portal E7, Herbert é advogado, amante de games e séries. Gamertag/ID: "HerbertVFV". twitter

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