As 5 piores aquisições do mercado de tecnologia
Embora haja muito estudo, não é sempre que as empresas acertam a mão na hora de realizar aquisições. Ninguém realiza um negócio pensando que ele vai ser ruim, mas muitas das vezes isso causa o fim prematuro de um produto ou serviço, ou ainda uma revenda por um preço muito menor do valor que fora pago.
A seguir você confere exemplos de aquisições do mercado de tecnologia que foram um tremendo fiasco.
Compra do MySpace pela News Corp (US$ 580 milhões)
O MySpace já foi grande nos Estados Unidos. Apesar de nunca ter ganhado grande relevância no Brasil, a rede social, fundada em 2003, já chegou a ser o site mais acessado pelos estadunidenses. Isso chamou a atenção de Rupert Murdoch, que decidiu adquirir o MySpace por meio de sua empresa, a News Corp.
A intenção era utilizar a popularidade do site para atrair audiência para outras companhias da corporação, como a Fox News e 20th Century Fox. Entretanto, dois fatores são considerados primordiais para o fracasso da empreitada: a popularização do Facebook e a falta de inovações no MySpace.
Depois de assumir que o negócio havia sido malfeito e que o MySpace era “mal-gerenciado em todos os níveis possíveis”, a News Corp assumiu o prejuízo e vendeu a rede social por US$ 35 milhões para a Specific Media.
Compra do Geocities pelo Yahoo! (US$ 4 bilhões)
Quem se aventurou na internet do final dos anos 1990 e início dos anos 2000 certamente se lembra do Geocities, um popular serviço de hospedagem de sites. Aproveitando sua popularidade, o Yahoo! decidiu comprá-lo em 1999, no auge da bolha da internet, por incríveis US$ 4 bilhões.
A partir de então, a empresa pouco fez com o serviço, que deixou de ser uma ‘cidade virtual’, com os sites divididos em regiões (categorias) de acordo com o seu conteúdo, transformando-o em uma ferramenta de hospedagem comum. O Yahoo! ainda limitou o acesso às funções gratuitas, gerando a debandada dos usuários. Com sua popularidade minguando, o serviço foi extinto em 2009.
Compra da Palm pela HP (US$ 1,2 bilhão)
A intenção da HP com a compra da Palm, em 2010, era avançar no mercado mobile, aproveitando a marca já estabelecida. Na época da aquisição, a Palm já estava em baixa e seu sistema operacional, o WebOS, vinha perdendo espaço para o Android.
A Palm não conseguiu emplacar um tablet para concorrer com o iPad, assim como não obteve sucesso no mercado dos smartphones. Em 2011, a HP decidiu abrir o código do WebOS, mas isso não foi o suficiente para competir com iOS e Android. Em 2012, a HP decidiu partir para outro caminho e fundou a Gram, que utiliza os recursos da Palm, mas voltada para a engenharia de software.
Compra da aQuantive pela Microsoft (US$ 6 bilhões)
A Microsoft decidiu entrar no mercado de publicidade digital em 2007, quando pagou US$ 6 bilhões pela aQuantive. Foi a maior aquisição da história da gigante de Redmond até então, superada apenas pela compra do Skype em 2011.
Entretanto, a Microsoft não conseguiu deslanchar na área da publicidade online e viu o Google seguir tranquilo na liderança deste mercado. Dois anos após a compra, os executivos da aQuantive deixaram o cargo e a tecnologia foi descartada. Em julho de 2012, a Microsoft assumiu o prejuízo da transação, uma vez que nos 12 meses anteriores a divisão da qual a aQuantive fazia parte acumulou um prejuízo de US$ 2 bilhões.
Compra da Time Warner pela AOL (US$ 164 bilhões)
Buscando entrar no ramo multimídia, a AOL, até então um popular serviço de internet, decidiu se unir com a multinacional Time Warner, empresa responsável por filmes e vários canais de televisão dos Estados Unidos. Para isso, desembolsou US$ 164 bilhões em 2000.
Os anos seguintes foram bastante traumáticos para as empresas. Em 2002, a nova companhia chegou a registrar um prejuízo na casa de US$ 99 bilhões, a maior perda já registrada por uma empresa até então. Em 2005, após a Google comprar US$ 1 bilhão em 5% das ações do grupo, a companhia foi avaliada em US$ 20 bilhões – uma queda de 90% do valor em cinco anos.
Até 2009, quando as duas empresas se separaram, o que se viu foram demissões em massa, saídas de executivos e queda no valor das ações das companhias.