Análise do jogo Gone Home


Depois de passar uma temporada pela Europa, Kaitlin Greenbriar (Katie) está retornando para casa. Ao chegar de madrugada na nova residência de família, localizada Portland, Oregon, EUA, Katie encontra o local totalmente vazio. Onde estariam os seus familiares?

Com jogabilidade em primeira pessoa, você controlará Katie, e para tentar descobrir o que aconteceu com seus familiares, é necessário explorar a casa da família, vasculhando documentos e pistas que estão espalhadas pelo local. Apesar de possuir uma atmosfera sombria e de uma tempestade com raios estar caindo do lado de fora, Gone Home não é um jogo de terror.

Ao jogo, não há nenhum objetivo nem indicação de trajeto na tela, cabe ao jogador traçar o seu próprio caminho. O jogo te dá a liberdade de explorar a casa como você preferir, exceto algumas partes, que estão trancadas e necessitam que certos objetivos sejam atingidos. No começo tudo parece um pouco confuso, mas bastam alguns minutos de jogatina e você começa a ligar os objetos e documentos ao pai, mãe e irmã de Katie. As opções de exploração são amplas, indo de itens extremamente desnecessários, como canetas e copos, até cofres e armários com senhas.

O fato é que quanto mais você explora, mais a história fica interessante. Ao interagir com objetos ligados diretamente com a narrativa do jogo, partes do diário de Samantha (Sam), sua irmã mais nova, são liberadas, o que consequentemente dará informações importantes ao jogador. Outro detalhe legal é que existem algumas passagens secretas na casa, podendo ser descobertas sozinhas pelo jogador ou por pistas liberadas ao longo da exploração.

A história se passa no ano de 1995, tendo a desenvolvedora preocupado em retratar bem o cotidiano da época: pela casa estão espalhadas fitas K7, fitas VHS e até mesmo cartuchos de SNES. Levando-se em conta que estamos falando de um jogo independente, o visual de Gone Home é bonito e bem detalhado. A otimização do game, no entanto, enfrenta alguns problemas, como a queda de FPS. Jogando em espanhol, o game também apresentou um problema com a exibição da tradução: ao ler uma carta, por exemplo, o texto traduzido do nada parava de aparecer, sendo necessário salvar o jogo, retornar ao menu principal e selecionar continuar, para que tudo voltasse ao normal.

Após completar o jogo pela primeira vez, você pode tentar desbloquear algumas conquistas desafiadoras: finalizar o game em menos de 1 minuto (graças às passagens secretas) e coletar todos os trechos do diário de Sam em menos de 10 minutos. Também está disponível um modo de comentário, onde os desenvolvedores contam como foi o processo de desenvolvimento de título.

Gone Home foi desenvolvido pelo Fullbright Company, sendo lançado em 2013 para PC. O game chegou aos consoles de mesa Xbox One e PlayStation 4 em 2016. Esta análise foi feita com base na versão do Xbox One.


Considerações finais
Gone Home foi um dos games independentes que mais se destacou em 2013, principalmente por oferecer uma experiência que não estamos acostumados a ver no mercado. Tudo está no seu controle, não existe uma ordem certa para explorar o ambiente. Apesar de alguns problemas técnicos, o maior defeito de Gone Home é ser curto demais. O final do game também deixa um pouco a desejar, levando-se em conta tudo o que foi construído até então.

Considerando que estamos diante de um jogo independente, a experiência, ainda que curta, será muito bem aproveitada por aqueles jogadores que gostam de explorar ambientes e boas histórias. Quanto mais você sabe da história, mais vontade você tem de continuar. Uma pena que Gone Home não estar disponível em português.

Nota
★★★★☆ - 4 - Ótimo


➜ Você pode ler análises de outros jogos clicando aqui.
Herbert Viana

Criador e editor do Portal E7, Herbert é advogado, amante de games e séries. Gamertag/ID: "HerbertVFV". twitter

O que achou desta postagem? Encontrou algum erro? Compartilhe sua opinião!

Postar um comentário (0)
Postagem Anterior Próxima Postagem

Publicidade